Manutenção
O que são Válvulas de Segurança e Alivio e qual suas funções:
As válvulas de segurança e/ou alívio são dispositivos automáticos de alívio de pressão sendo obrigatórios em vasos de pressão ou caldeiras, cuja pressão interna seja superior à pressão atmosférica, evitando as consequências da exposição às condições perigosas de sobre pressão. Desta forma, em todo vaso de pressão sujeito a pressão positiva superior a 15 psi é obrigatória a instalação de pelo menos uma válvula de segurança e/ou alívio ajustada na PMTA do vaso ou abaixo desta e cuja capacidade de vazão seja igual ou superior ao volume do fluido fornecido a este.
A função de toda válvula de segurança instalada em caldeiras, vasos de pressão ou tubulações, em processos industriais, é aliviar o excesso de pressão, devido ao aumento da pressão de operação acima de um limite pré-estabelecido no projeto ou definido no calculo de PMTA conforme NR-13, do equipamento por ela protegido. As consequências de sua falha podem ser: a perda de vidas e/ou do capital investido.
Os riscos que podem ser causados pelo excesso de pressão dentro de um vaso ou caldeira, são eliminados automaticamente com a utilização das válvulas de segurança, desde que estejam corretamente especificadas, dimensionadas, instaladas e mantidas.
Inspeção e Manutenção de Válvulas de Segurança e Alivio
As válvulas de segurança e/ou alívio merecem atenção especial quanto a sua inspeção periódica, definindo os melhores prazos de manutenção, para que seja considerado um dispositivo de alívio de pressão cuja operação seja confiável e segura para o processo. A pressão de ajuste e a vedação devem ser verificadas numa bancada de testes, momentos antes da instalação. Retirar para manutenção, num prazo predeterminado (depende da categoria do vaso ou caldeira determinado pela NR13, norma ou recomendação do Fabricante) e fazer teste de recepção para verificar “como a válvula foi encontrada”. Com esse teste pode ser determinado, devido às próprias condições operacionais da válvula, se o prazo de inspeção deve ser alterado. Esse teste é a única forma de saber se a válvula estava operante e de forma confiável de acordo com as necessidades do processo
Deve ser mantido um histórico das válvulas para cada posição na instalação e estabelecer um período de tempo máximo que a válvula pode operar regularmente de acordo com os prazos máximos estabelecidos pela NR13.
A frequência de inspeção recomendada de acordo com o fluido também está no parágrafo RB-8410 do NBIC (National Board Inspection Code) sendo: 1 ano para vapor d’água; 3 anos para ar comprimido, gases secos e limpos; 5 anos para válvulas combinadas com discos de ruptura e pelo histórico de inspeção
da válvula para outros fluidos.
Uma frequência de inspeção semelhante a esta também pode ser encontrada no “Guia 10 do IBPG”, parágrafo 5.2.1. Portanto, pelo ASME/NBBI e mesmo pelo Guia 10 do IBPG, os prazos entre inspeções dependem somente do tipo de fluido, enquanto pela NR13 esses prazos dependem da categoria do vaso.
Em caldeiras o período máximo entre inspeções das válvulas de segurança dependerá da função da caldeira. As caldeiras de recuperação de álcalis são no máximo 12 meses. No caso das caldeiras de força com pressão de operação acima de 19,98 kgf/cm² (Categoria “A”), esse período é de no máximo 24 meses, desde que aos 12 meses sejam feitos testes para aferição da pressão de ajuste dessas válvulas, conforme determina a NR13.